MÉTODOS DE EXECUҪÃO DE CORTES CURVOS

 

         Execução manual de cortes curvos

          A máquina é aproximada ao lugar do corte e de uma forma tal que 2/3 da chama se estende ao longo deste e 1/3 incida sobre a superfície do material. Assim que o lugar do corte torna-se vermelho claro, deve-se abrir a válvula do oxigênio de corte com a mão esquerda e quase imediatamente deve-se acionar com o indicador da mão direita o interruptor que coloca em funcionamento o motor.

          Depois se conduz a máquina ao longo da linha de corte. A máquina deve ser sustentada levemente pela mão e com a parte superior um pouco sobrelevada relativamente a anterior.

execucao de cortes curvos

          A mão que a conduz deve conduzir o avanço automático da máquina. Esta não deve ser nem frenada nem arrastada. Depois de haver concluído a operação de corte deve-se desligar primeiro o oxigênio de corte e depois o motor; depois apaga-se a chama.

          Como de habito corta-se primeiro o acetileno e depois o oxigênio.

 

          Cortes retos automáticos com guia

          Os cortes retos automáticos podem ser executados com a ajuda de uma régua ao longo da qual corre a máquina

          Como guia utiliza-se um ferro angular ou melhor, um ferro em U. o mesmo se fixa sobre o material por meio de duas abraçadeiras. A máquina é apoiada sobre o material, de modo que uma rodinha corra sobre o flanco do angular e a outra se apoia e rola sobre o bordo superior do angular.

 

          Cortes com chanfro

          Cortes inclinados são executados convenientemente com o angular servindo de guia. O dispositivo de corte deve ser inclinado de forma desejada utilizando uma escalagraduada colocada no eixo de angulação.

          O dispositivo de corte deve ser mantido muito baixo de modo que o foco da chama toque apenas o material. A chama de aquecimento deve ser tanto mais forte quanto maior for a inclinação do corte. A pressão do oxigênio deve aumentar de 25 a 100% em relação a espessura a ser cortada.

          Durante o corte não deve ser deslocado o dispositivo de corte nem na vertical, nem na horizontal; pois se isto for feito verificar-se-á a formação de estrias na superfície cortada.


posicao de corte com chanfro


          Cortes circulares

          Um compasso simples de solida construção permite a execução de cortes circulares com guia automática. A perfeita guia circular e o corte impo e preciso da máquina a favorecem na execução de flanges, discos, furos, arcos de circunferências, etc.

          O compasso só permite a leitura de cortes com um mínimo de 45 mm de diâmetro e um máximo de 900 mm.

          O diâmetro máximo é praticamente limitado, pois as hastes de prolongamento podem ser utilizadas. A pedido, é fornecido um prolongamento para compassos para diâmetros até 2750 mm.


corte circular


          O Oxítomo (máquina automática para oxicorte) fabricado pela S.I.O, é uma máquina fixa para oxicorte, a qual com o emprego dos dois tipos de dispositivos de guia permitem a execução dos seguintes cortes:

          - corte retilíneo, normal ou chanfrado, longitudinal e transversal;

          - corte circular, normal ou chanfrado;

          - corte, normal ou chanfrado, segundo um traçado.

          O conjunto com carrinho é um monobloco com três rodas providas de rolamentos de esfera: as duas rodas colocadas do lado do maçarico tem um recalque e corrente sobre um trilho chato. A maioria dos trilhos de tamanho normal tem um comprimento de 2m

          Perpendicularmente aos trilhos e através dos dois flancos do carrinho corre, sobre réguas adequadas, um braço tubular, em cuja extremidade direita está montada a ponte porta-maçarico

          A combinação dos dois movimentos, longitudinal do carrinho e transversal do braço, permite a execução de qualquer desenho: os freios colocados nas rodas e no tubo servem para fixar respectivamente o carrinho ou o braço para executar com exatidão os traços retilíneos num ou noutro sentido.

maquina fixa para oxicorte

 

          Na plataforma são fixados os órgãos do motor.

          O dispositivo de guia manual é constituído por uma caixa de engrenagens que transmitem o movimento da plataforma a uma roda de marcha cartilhada que é presa ao plano de escorregamento.

          Através de um volante e de um colar cartilhado o dispositivo pode ser orientado em todos os sentidos de modo a seguir um desenho disposto sobre a mesa. O volante pode ser fixado a cada 45° de modo a facilitar os cortes em esquadro.

          O dispositivo de guia por aderência magnética é constituído por um grupo de guia com bobina magnética que leva na sua parte inferior um rolete cartilhado com eixo vertical que, magnetizado, o adere fortemente a um perfilado de chapa cujo perfil representa a peça a ser cortada e por rolamento legue-lhe o contorno.

          O maçarico de corte é fixado no manguito adequado na ponta porta-maçarico e é alimentado por tubos de borracha que o coligam com os terminais de saída do gás posto na ponta porta-maçarico.

          Para obter uma maior sensibilidades de regulagem e um melhor rendimento, a alimentação do oxigênio de aquecimento é separada daquela do oxigênio de corte.

          O maçarico é munido de duas torneiras: uma para o acetileno e outra para o oxigênio de aquecimento, pois o oxigênio de corte é comandado pela torneira colocada na ponta porta maçarico.

 

        Corte de grandes espessuras

          No caso de grandes espessuras o corte solicita particular atenção na fase de iscamento.

          Aquece-se o ponto de ataque e chegando ao calor desejado abre-se o jato de oxigênio. Devido a massa da peça em fusão ocorre com um certo atraso, isto é, a linha de corte não é vertical mas inclinada para trás, pois decorre um certo tempo entre o momento em que se inicia a fusão na superfície da peça e o momento no qual se tem a fusão dos demais estratos.

          Quando porém o maçarico chega ao bordo da peça a parte restante não foi ainda cortada e deve-se prolongar a permanência do maçarico no mesmo bordo até que seja anulado o retardo de que falamos.

          A inclinação da linha de corte tem um grau que depende muito da habilidade do operário que executa o corte.

          Se a peça não pode ser mantida suspensa deve-se apoia-la sobre uma lâmina coberta de areia.

     

          Eliminação de rebites

          O corte de rebites pode ser feito de muitas maneiras com o emprego do maçarico.

          O corte da cabeça é feito com a ponta curvada em ângulo reto e terminado de modo a fazer com que se apoie no plano da chapa.

          Quando a cabeça do rebite é levada ao rubro abre-se o jacto do oxigênio. Faz-se passar o maçarico da direita para a esquerda do rebite que é totalmente cortado.

          Outro método para o corte é a destruição do corpo do rebite furando o mesmo com um fino jato de oxigênio e depois de tê-lo levado ao rubro, gira-se depois o maçarico em torno do eixo do rebite, mantendo o jato a alguns milímetros da superfície interna da lâmina, de forma a soltar um finíssimo estrato de haste original do rebite, estrato este que salta imediatamente.

          Pode-se finalmente cortar pouco abaixo da cabeça do rebite – o calorzinho – isto é, aquela parte da cabeça do rebite que ressalta relativamente a espessura da haste.

          Na pratica se mantém o maçarico na vertical e se faz girar o maçarico atacando o colarinho para destruí-lo e atentando para não volatizar a lâmina restante.

        

         Corte da gusa

          O corte da gusa ocorre mais por fusão do que por volatização. Para espessuras até 100mm pode-se adotar o mesmo maçarico de corte usado para o aço, mas ocorre um excesso de acetileno.

          Isto completa a sua combustão no fundo do corte e mantém quente a escória que escorre.

          Tem-se um retardo superior ao visto para o aço, e para reduzi-lo convém inclinar o jato para frente com ângulo de 20 a 30° relativamente a vertical.

          A velocidade de corte é baixa. Para espessuras de 100 mm não se excede a 1 m/h.

          O consumo do acetileno e do oxigênio é muito elevado e longo, não é um sistema econômico.

 

          Posto móvel de oxigênio

          É muito sentida a necessidade de ter a disposição um ponto móvel de oxicorte que permita uma deslocação rápida e cômoda que permita rapidez na intervenção e a possibilidade, para o operador, de trabalhar com ele em posições desajeitadas.

          De facto, estes postos são uteis principalmente para os esquadrões de socorro, para as forças armadas, os bombeiros, etc., que necessitam de um equipamento de fácil emprego, leve e que permita trabalhar em quase todas as posições.

          A sociedade S.I.O criou um equipamento de oxicorte com dois pequenos cilindros para os dois gases.

          O peso do conjunto é de 21 kg e a sua autonomia é de cerca de um quarto de hora.

         

          Defeitos do oxicorte                                   

          Se o oxicorte é bem feito podem-se obter peças de dimensões precisas, tais que permitam reduzir ao mínimo o trabalho de acabamento.

          O oxicorte então, deve ser feito com cuidado e atenção toda vez que as peças obtidas devam sofrer um trabalho posterior.

 

          Os defeitos mais comuns do oxicorte são:

          a) fusão do bordo superior do corte devido a chama de aquecimento muito forte ou velocidade de corte inferior ao necessário;

          b) dilaceramento do metal devido ao avanço muito lento e aquecimento fraco.

          c) prolongação excessiva devido a velocidade de corte muito elevada ou a saída insuficiente do oxigênio;

          d) superfície de corte com uma gola horizontal devido a pressão excessiva do oxigênio e a uma chama muito forte, ou deformada por limpeza insuficiente da ponta de corte;

          e) irregularidade localizada devido aos defeitos da peça.

         

         

     

 

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