Ferro fundido
Introdução
A
metalurgia do ferro considera-se dividida em dois grandes campos: o dos aços e o dos ferros fundidos.
Nos
capítulos anteriores ocupamo-nos essencialmente no estudo dos aços. Vamos
agora, ainda que de forma sumária, estudar os ferros fundidos.
Os ferros fundidos são ligas de ferro e
carbono compreendidas entre 2,06 e 6,67% de carbono.
O seu
nome resulta do facto de estas ligas se aplicarem, fundamentalmente na obtenção
de peças por fundição.
Fundição compreende
um conjunto de operações que permitem a obtenção de peças por vazamento de uma
liga em cavidades (moldes) com formas semelhantes a das peças a obter.
Neste
processo, o material é previamente liquefeito e depois vazado nos moldes. Após
o arrefecimento, as peças obtidas necessitam, geralmente, de operações de
acabamento realizadas em máquinas-ferramentas.
Por
isso, os materiais que vão ser trabalhados em fundição devem revelar, quando
líquidos, elevada fluidez e moldabilidade,
características que lhes permitem preencher rápida e completamente as cavidades
dos moldes e, após o arrefecimento, devem possuir boa maquinabilidade e
qualidade de resistência mecânica que os adequem as necessidades funcionais.
No
caso dos materiais ferrosos, as características dos ferros fundidos dependem da
forma como o carbono (não dissolvido na matriz) se apresenta após a
solidificação.
Anteriormente
dissemos que o carbono podia aparecer na forma de grafite ou cementite, e
que isso correspondia a solidificação das ligas, respectivamente, segundo o
diagrama estável e metaestável. saiba mais em