BICOS PARA MAҪARICOS DE CORTE

 

Bicos para maçaricos de corte

 

          Generalidade

          As pontas de corte tem uma importância das maiores na economia de corte com o oxigênio, porque dessas depende em larga escala, o consumo de outros gases combustíveis além do oxigênio e a velocidade de corte.

          Não será inútil o trabalho de fazer uma pequena história da evolução de tais pontas e mencionar os tipos mais modernos e os procedimentos seguidos na sua produção. Serão tratadas apenas as pontas que podem utilizar o acetileno, pois este é o gás econômico e tecnicamente mais indicado, como se evidencia em tudo o que foi dito no parágrafo precedente.

bicos para macarico de corte

         

          A primeiras pontas empregadas para o corte oxiacetilénico tinham dois condutos separados: o primeiro para a mistura oxigênio-gás combustível alimentando a chama de aquecimento, o segundo para o jato de oxigênio de corte.

          Estas pontas apresentavam o inconveniente de permitir o corte se o maçarico fosse colocado na direção em que a chama de aquecimento precedia o jato de oxigênio.

          Atualmente é empregada apenas no corte de espessuras inferiores a 4mm e só em alguns casos ao corte retilíneo de espessuras maiores. Em seguida, como é bem sabido, afirmaram-se que, são ainda hoje largamente usadas as pontas com chama de aquecimento anular circundando completamente o jacto de oxigênio de corte e com concêntrica ao furo de saída deste último.

          Com tais pontas, como se pode facilmente compreender, o corte em qualquer direção em que se desloque o maçarico, é possível.

          Tais pontas são construídas em duas partes separadas, fato que torna particularmente fácil a limpeza da ponta e o eventual reparo ou substituição de uma das duas partes que depois de uso estivesse em mas condições.

          Outras vantagens desta ponta é o seu custo relativamente baixo, não apresentando na sua fabricação nenhuma dificuldades de trabalho tecnológico: são produzidos, realmente, com as operações mecânicas de torneamento e perfuração.

          A disposição dos injetores de saída da chama de aquecimento pode ser: anelar, em sectores e em furos permanecendo sempre central o único injetor de oxigênio.

          A parte terminal do conduto de oxigênio pode ser cilíndrica ou cônica. Esta última forma é preferida para o corte de grandes espessuras.

          A tendência moderna, por outro lado, é a fabricação de pontas não anular mas múltipla. Nestas as chamas são dispostas ainda no entorno do jacto de oxigênio, como na ponta da chama anular; de facto, o oxigênio-gás combustível sai de uma serie de 4 a 5 ou ainda mais furos dispostos em uma circunferência concêntrica ao jacto de oxigênio.

          As pontas com chama múltipla ou monobloco tem sobre as precedentes com chama anular as seguintes vantagens que a seguir indicamos:

          1) Menor consumo de gás combustível e consequentemente de oxigênio para aquecimento, pois a secção de passagem da mistura de oxigênio-gás combustível que alimenta a chama de aquecimento é por essa razão menor em relação a espessura a ser cortada:

          2) Menor consumo de oxigênio de corte porque o sistema de trabalho anteriormente mostrado permite utilizar condutores de corte de menor diâmetro, relativamente longos e com uma restrição gradual para furo de saída, o que se mostrou muito vantajoso no andamento dinâmico no jacto de oxigênio de corte. Consequentemente a largura da linha de corte será menor, menor a quantidade de ferro oxidado e o oxigênio consumido:

          3) as chamas de aquecimento saem de furos circulares e são por motivos óbvios – a par de pressão na alimentação de gases sensivelmente mais longos que no caso da chama anular. Tal comprimento maior da chama, permite, antes obriga a aumentar a distância entre a ponta e a superfície a ser cortada. De tal forma, melhora a visibilidade do andamento do corte e se diminui o inconveniente do aquecimento da ponta e consequentemente o retorno de chama;

          4) O jato de oxigênio de corte é sempre perfeitamente centrado relativamente a chama de aquecimento.

          Por outro lado as pontas com a chama múltipla apresentam as seguintes desvantagens:

          1) Maior custo;

          2) Maior dificuldade na limpeza;

          3) Necessidade, em caso de desgaste, de substituir toda ponta.

 

          Pressão do jacto de oxigênio de talho

          Para cada maçarico de corte as boas casa construtoras, entre outras coisas indicam o valor da pressão em que é alimentado o próprio maçarico, segundo a espessura a ser cortada, e é muito importante que o cortador se atenha a ditas instruções.

          É facto experimental que o rendimento químico atinge o valor máximo para pressões de 2,5 a 4 atm., sempre que o diâmetro de saída do condutor do jacto de oxigênio de corte seja adequado a espessura a ser cortada.

 

          Critérios de julgamento dos cortes executados com gases diversos

          Para julgar a adequação dos diversos gases combustíveis ao oxicorte é indispensável estabelecer com apropriada precedência: critérios de confronto.

          O corte bem feito deve apresentar: uma superfície suficientemente lisa, uma retardo na base do corte, compreendido entre certos limites, inexistência de fusão dos bordos superiores, de escorias aderentes e outros defeitos menores.

          Como é evidente a superfície de corte apresentara estrias verticais mais ou menos acentuadas.

superficie cortada

 

         Com as modernas pontas de chama múltipla oxiacetilénica se obtém correntemente cortes de ótimo aspecto. No confronto de dois cortes deve ser alvo de particular consideração o andamento das ditas estrias e precisamente o assim chamado ‘’ retardo na base do corte’’ que é medido na forma bem especificada: distância entre as duas verticais que passam pelos estremos de uma mesma estria.

          Como é de pronta intuição o retardo na base do corte, além da espessura aumenta a velocidade do corte.

          O retardo na base do corte é expressado normalmente em percentual da espessura, por exemplo: se para uma espessura de 20mm, a distância é indicada fosse de 2mm, o retardo seria de 10%.

          Para cortes retilíneos de qualquer espessura um retardo na base de 10% pode considerar-se normal, pode ter ainda valores maiores sem que seja comprometida a qualidade do corte.

          No corte de peças cujo retorno apresenta cantos vivos, são previstos dois casos: para espessuras inferiores a 20mm o retardo pode ter um valor ainda maior que 10%; para espessuras superiores a 20mm o retardo da base deverá ter valores inferiores, isto é de 10 a 3% variando as espessuras de 20 a 100mm; isto para tornar possível a mudança de direção de corte sem comprometer o aspecto regular dos cantos.

     

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