DEFEITOS TĺPICOS DE SOLDAGEM

 Defeitos típicos de soldagem


          Os defeitos da solda e os correlatos foram classificadas de várias maneiras.

          A classificação feita pela IIS/IIW em documento 340 – 60, completada pelo documento 369 – 71, de onde, com a gentil permissão da mesma, foram retirados os desenhos assinalados, é mais cara por isso serviu de guia para este capitulo. A primeira parte da numeração segue a da IIS/IIW.

          Os defeitos da soldagem podem ser divididos nos seguintes grupos:

                    - Trincas;

                    - Cavidades;

                    - Inclusões solidas;

                    - Falta de fusão e de penetração;

                    - Imperfeições de forma de junta;

                    - Deformações;

                    - Corrosão;

                    - Alterações superficiais;

                    - Defeitos mecânicos correlatos;

                    - Outros defeitos.

 

Trincas

          Trata-se do defeito mais perigoso com roturas localizadas de várias formas e dimensões que podem ser subdivididas em:

        

          Microfissuras

          Diz-se microfissuras quando se trata de dimensões microscópicas.

 

          Trincas longitudinais

          Estas por sua vez podem ser subdivididas como mostra o desenho.



          As trincas localizadas no centro são geralmente trincas a quente, provocadas pela segregação de carbono e enxofre que provocam solidificação em temperaturas mais baixas – deve se usar eléctrodos básicos para evitar este defeito.

          Trincas localizadas na ZTA (zona termicamente afetada) são trincas de têmpera devido a um resfriamento rápido demais – deve-se pré-aquecer e manter a temperatura recomendada nos interpasses.

          Trincas no material base são provocadas por envelhecimento deste material, quando aquecido depois de encruado –  deve-se normalizar o material antes da soldagem.

 

          Trincas transversais

          Estas trincas são provocadas por contrações restringidas, e podem ser subdivididas como mostra a figura abaixo.

 


 

          Trincas radiantes

          São trincas irradianas de um ponto comum, e quando pequenas são chamadas de trincas estelares.


          Geralmente estas trincas partem de um único ponto e vão convergindo em todas as direções partindo de um ponto comum até a um raio determinado.

 

          Trincas de cratera

          Estas trincas são provocadas por contrações na cratera.



 

          Tricas sem orientação

          Estas trincas podem surgir devido a muitas porosidades miúdas provocadas por hidrogênio – deve-se usar eléctrodo bem seco e de baixo teor de hidrogênio para evitar este defeito.

 

          Trincas ramificadas

          Distinguem-se das trincas radiantes por originar-se de uma fissura e no de um ponto.



 

Cavidades

 

          As cavidades no processo de soldagem podem ser subdivididas em:

                    - Bolha – cavidade formada por gás preso no metal fundido;

                    - Poro – cavidade pequena de forma esférica;

                  

                    - Porosidade uniforme – distribuição por igual dos poros.


            As principais causas das cavidades são:

            Eléctrodo deteriorado

            - Conservar de maneira apropriada no almoxarifado e em uso. Não secar em temperatura excessiva;

           - Não molhar o eléctrodo durante a soldagem ao aberto;

 

          Parâmetros de soldagem errados

          - Polaridade trocada, velocidade excessiva, altura do arco excessiva, sopro do arco.

          - Material base com excesso e enxofre ou fosforo, muito enferrujado ou sujo.

                    . Verificar e substituir ou limpar

                    . Eléctrodo errado – substituir por outro tipo

                    . Chapa galvanizada, inverter a polaridade.

 

          Grupo de porosidade. Distribuição localizada


 

          O grupo de porosidade no início do cordão é provocado por eléctrodo úmido ou com revestimentos danificados na ponta – secar o eléctrodo, usando-o somente em bom estado.

 

          Porosidade agrupada irregularmente – verificar os seguintes fatores:

          - A corrente elétrica, manchas de tinta, óleo ou sujeira.

          - Utilização de eléctrodo diferente para o ponteamento;

          - Observar a influência de trabalho de máquinas vizinhas na energia disponível para máquina de soldar

          - Amperagem excessiva no fim do cordão ao ponto de deteriorar o revestimento;

 

          Porosidade alinhada

          Cavidade alongada, não esférica, com a dimensão maior paralela ao eixo do cordão.



 

          Porosidade vermiforme

          Cavidade parecida com um verme.

          É provocada pelo desprendimento de gazes em bolhas ligadas uma a outra, em demanda a superfície do cordão da solda.

 

          Porosidade superficial

          É uma porosidade que atinge a superfície do cordão da solda.

 

Inclusões solidas. Substancias estranhas dentro do material fundido

 

          Inclusões de escória. Escória presa no metal fundido

          Geralmente é o resultado da remoção insuficiente da escória do passe interior – remover melhor.

          Escória presa em juntas estreitas ou nos cantos de passes muito convexos – deve-se inclinar mais o eléctrodo, aumentar a amperagem e reduzir a convexidade.

         

          Inclusões de fluxo. Fluxo preso no material fundido

          Baixar a voltagem ou amperagem e efetuar o alinhamento da poça de fusão.

 

          Inclusões de óxido

 

          Inclusões de carepas

          Na soldagem de alumínio, as pétalas onduladas de oxido de alumínio da superfície não fundida ficam presas no meio do metal fundido. Este defeito denomina-se franzimento.

 

          Inclusões metálicas

          É equivalente a gotas frias conhecidas em metalurgia.

 

Falta de fusão e de penetração

          Fusão incompleta

          A fusão incompleta origina a falta de união entre o metal depositado e o metal base.

          A falta de fusão na parede lateral da junta ou entre passes pode ser provocada pela amperagem demasiadamente baixa, pelo eléctrodo fino usado para soldagem de material grosso ou pelo posicionamento errado do eléctrodo.

          Quando ocorre na raiz, o eléctrodo usado é de diâmetro excessivo, não permitindo a introdução até ao fundo da junta ou é mantido um arco longo demais.

 

          Penetração incompleta

          A fresta é pequena demais e/ou a raiz é muito grande não se adequando ao diâmetro e ao tipo de eléctrodo utilizado.

          Nos eléctrodos de alta penetração, o diâmetro do eléctrodo é pequeno em ralação a espessura da chapa a soldar.

           

 

 



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